quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

João Guimarães Rosa



Meio século pelos grandes sertões



João Guimarães Rosa
"Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente. Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como o sofrimento dos homens."


DADOS BIOGRÁFICOS

João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) em 27/06/1908 e morreu no Rio de Janeiro em 19/11/1967. Filho de um comerciante do centro-norte de Minas fez os primeiros estudos na cidade natal, vindo a cursar Medicina em Belo Horizonte.
Formado Médico, trabalhou em várias cidades do interior de Minas Gerais, onde tomou contato com o povo e o cenário da região, tão presentes em suas obras. Autodidata, aprendeu alemão e russo, e tornou-se diplomata, trabalhando em vários países.Veio a ser Ministro no Brasil no ano de 1958, e chefe do Serviço de Demarcação deFronteiras, tratando de dois casos muito críticos de nosso território: o do Pico da Neblina e das Sete Quedas. Seu reconhecimento literário veio mesmo na década de 50, quando da publicação de Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile, ambos de 1956.Eleito para ocupar cadeira na Academia Brasileira de Letras no ano de 1963,adiou sua posse por longos anos. Tomando posse no ano de 1967, morreu três dias depois, vítima de um enfarte.


CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS

Guimarães Rosa é figura de destaque dentro do Modernismo. Isso se deve ao fato deter criado toda uma individualidade quanto ao modo de escrever e criar palavras, transformando e renovando radicalmente o uso da língua. Em suas obras, estão presentes os termos coloquiais típicos do sertão, aliados ao emprego de palavras que já estão praticamente em desuso.
Há também a constante criação de neologismos nascidos a partir de formas típicasda língua portuguesa, denotando o uso constante de onomatopéias e aliterações. O resultado disso tudo é a beleza de palavras como "refrio", "retrovão", "levantante", "desfalar", etc., ou frases brilhantes como: "os passarinhos que bem-me-viam", "e aís e deu o que se deu – o isto é".
A linguagem toda caracterizada de Guimarães Rosa reencontra e reconstrói o cenário mítico do sertão tão marginalizado, onde a economia agrária já em declínio e a rusticidade ainda predominam.
Os costumes sertanejos e a paisagem, enfocada sob todos os seus aspectos, são mostrados como uma unidade, cheia de mistérios e revelações em torno da vida.
A imagem do sertão é, na verdade, a imagem do mundo, como se prega em Grande Sertão: Veredas.
O sertanejo não é simplesmente o ser humano rústico que povoa essa grande região do Brasil. Seu conceito é ampliado: ele é o próprio ser humano, que convive com problemas de ordem universal e eterna. Problemas que qualquer homem, em qualquer região, enfrentaria.
É o eterno conflito entre o ser humano e o destino que o espera, a luta sem tréguas entre o bem e o mal dentro de cada um, Deus e o diabo, a morte que nos despedaça, e o amor que nos reconstrói, num clima muitas vezes mítico, mágico e obscuro, porém muitas vezes contrastando com a rusticidade da realidade.
Seus contos seguem também, de certa forma, a mesma linha desenvolvida dentro de seu único romance.

PRINCIPAIS OBRAS

RomanceGrande Sertão: Veredas (1956).
ContosSagarana (1946); Corpo de Baile (1956); Primeiras Estórias (1962); Tutaméia – TerceirasEstórias (1967); Estas Estórias (1969); Ave, Palavra (1970).


sábado, 24 de janeiro de 2009

Sugestões para o uso de Blogs Educativos







1. Blog para a troca de experiências com outros Professores.

2. Um Jornal para a Escola.

3. Divulgação de Trabalhos interdisciplinares.

4. Síntese de Conteúdos.Apresentação de Projetos Educacionais - Políticos Pedagógico...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Comemorações 2009



O ano de 2009 será marcado por uma série de comemorações em vários campos do conhecimento e da cultura, como biologia, música, artes, astronomia, literatura e política. Abaixo você encontra uma lista com algumas dessas comemorações.


Ano Internacional da Astronomia






200 anos de nascimento (1809-1882)

Ano Mundial da Biologia
Em homenagem ao Ano Darwin


Música, Literatura, Artes

Ano Heitor Villa-Lobos
50 anos de falecimento




Centenário Carmem Miranda
100 anos de nascimento





Ecologia

Ano das Fibras Naturais
Ecologia/moda FAO/ONU

Ano Internacional das Fibras Naturais Algodão, lã, seda, juta, linho, sisal ...

As fibras naturais indústriais empregam milhões de pessoas e ajudam a tornar o nosso planeta mais verde.

O Ano Internacional das Fibras Naturais é inaugurada oficialmente em 22 de janeiro de 2009, na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Roma.

Objetivos sensibilizar e estimular a procura de fibras naturais, promovendo a eficiência e a sustentabilidade das indústrias de fibras naturais.


Ano do Gorila



Ecologia UNESCO
As Nações Unidas se esforça para levantar fundos para a proteção dos primatas ameaçados de extinção devido a doenças (inclusive Ebola), o desmatamento, o conflito armado e à caça por sua carne ou para torná-los animais de estimação.



Relações Internacionais

Ano da França no Brasil
Relações Internacionais Ministério da Cultura




O França.br 2009 foi acordado pelos presidentes da República do Brasil e da França em reciprocidade ao Ano do Brasil na França, realizado em 2005. O Ano da França no Brasil está previsto para acontecer entre abril e novembro de 2009. A idéia é proporcionar à França a oportunidade de apresentar, nas diversas regiões brasileiras, as diferentes formas de sua cultura.
Acesse o site do França.br 2009: http://www.cultura.gov.br/franca_br2009/.



Ano Internacional da Reconciliação


Relações Internacionais UNESCO


Em 20 de novembro de 2006, a Assembléia Geral das Nações Unidas decidiu proclamar o ano de 2009 como o Ano Internacional da Reconciliação. A resolução 61/17 expressa a determinação em concretizar os processos de reconciliação nas sociedades afetadas ou divididas por conflitos, descrevendo tais processos como necessários para o firme estabelecimento da paz duradoura.